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Análise mostra que investimentos baixos no rádio geram resultados fracos no mix de mídia
Quarta, 18 de Junho de 2025

Análise mostra que investimentos baixos no rádio geram resultados fracos no mix de mídia

Estudo conduzido por John Fix destaca a importância de otimizar o investimento em AM/FM para alcançar todo o potencial de vendas e ROI

O rádio AM/FM, reconhecido por sua ampla capacidade de alcance e frequência de exposição, pode ter seu potencial subestimado em análises tradicionais de mídia quando os investimentos não atingem níveis adequados. É o que aponta um estudo conduzido por John Fix, especialista em mídia e ex-executivo da Procter & Gamble, em parceria com a Westwood One. Segundo o levantamento, o subinvestimento neste meio tende a gerar resultados aquém do esperado nos modelos de Media Mix Modeling (MMM), impactando diretamente o retorno sobre investimento (ROI) reportado. A pesquisa destaca ainda que, quando corretamente dimensionado, o rádio AM/FM supera outros veículos em alcance em diversos níveis de peso de mídia e pode exercer papel estratégico na construção de vendas e fortalecimento de marcas.

Segundo Fix, os tradicionais modelos de MMM frequentemente utilizam dados médios de impressões semanais planejadas, o que cria um “efeito de suavização” e dificulta a correta correlação entre a veiculação de anúncios em rádio e o volume de vendas. Em contrapartida, a adoção de dados reais de entrega (as-run data) permite captar melhor a variação semanal e apresentar uma visão mais detalhada do impacto da campanha.

O estudo também ressalta a relevância das chamadas response curves (curvas de resposta), que ilustram como o ROI e as vendas variam conforme o nível de investimento em mídia. Conforme o volume de impressões aumenta, o alcance também cresce e os consumidores são expostos a múltiplas inserções, gerando expectativa de maior conversão em vendas. Fix observa que, assim como ocorre na televisão, o rádio AM/FM demonstra forte capacidade de ampliar o alcance à medida que o investimento cresce, ultrapassando inclusive o desempenho da TV em determinados patamares de peso de mídia (GRPs).

Outro ponto abordado é a variabilidade natural nas entregas reais de campanhas. Por exemplo, uma meta semanal de 50 GRPs pode resultar em entregas que variam de 20 a 100 GRPs, impactando diretamente o resultado final de ROI se considerado apenas o ponto médio.

O levantamento também apresenta dados de Nielsen e NCSolutions, coletados entre 2013 e 2019, que apontam diferenças significativas de ROI conforme o setor de atuação do anunciante. Produtos de consumo rápido e alimentos costumam apresentar ROI na casa de um dígito, enquanto varejistas com grandes tickets médios e serviços alcançam retornos mais elevados.

Por fim, o estudo defende uma mudança de abordagem nas análises de eficácia do rádio AM/FM. Em vez de questionar se "o rádio funcionou", o foco deveria ser direcionado para "esta execução de rádio funcionou?", considerando variáveis como gênero de programação, peças criativas, distribuição nos horários de veiculação (dayparts) e níveis de peso de mídia. Com dados granulares e investimentos apropriados, o Media Mix Modeling pode se transformar em uma ferramenta de otimização contínua para as campanhas em rádio, ajudando as marcas a atingirem seus objetivos de alcance e desempenho.

Com informações da Cumulus Media / Westwood One

Fonte: Tudo Rádio
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