Uma reportagem veiculada neste final de semana em um portal especializado no mercado automotivo especulou sobre as novidades do futuro Chevrolet Onix 1.0 MT, modelo de entrada da Chevrolet que deve ganhar versões especiais neste ano, quando se comemora 100 anos da montadora no país, com um facelift no modelo 2026. No título, o destaque era para um possível “fim do rádio”, já que a marca vai deixar de oferecer o aparelho no modelo mais simples para adotar seu sistema de infoentretenimento padrão. O problema é que a forma como foi veiculada a informação deixou a dúvida se os carros não terão mais acesso à recepção de rádio, mas o multimídia MyLink, da Chevrolet, conta sim com o sinal de rádio disponível. Em resumo: não é o fim do rádio no Onix.

O que possivelmente se encerra é a presença do “rádio simples” no modelo de entrada, que contava também, de acordo com a reportagem, com suporte para o celular. Com o MyLink no Onix da menor faixa de preço, a montadora passará a contar com seu sistema de infoentretenimento em todas os modelos, ampliando assim a gama de serviços em seus carros. E com isso inclui a recepção de rádio FM mais apurada, inclusive com mais uso do sistema de RDS, além de sistemas como Apple CarPlay e AndroidAuto, que também facilitam o acesso aos streamings das emissoras.

De qualquer forma, o rádio, principalmente o FM, tem sido um aliado importante para as montadoras. Globalmente, elas entendem que o veículo é uma forma de oferecer serviço de entretenimento a partir de suas próprias interfaces, sem a necessidade de passar por sistemas de terceiros (leia-se AndroidAuto ou Apple CarPlay), que a própria Chevrolet já declarou que busca fugir dessa padronização oferecidas pelos produtos dessas duas big techs.

As principais vantagens do rádio para as montadoras é o oferecimento de dados, serviços até de precisão de GPS/tráfego/publicidade e o setor costuma ser um grande impulsionador de vendas de novos automóveis, com os seus clientes desejando a presença do rádio no ato da compra.